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Cinema | Podres de Ricos (2018)


Minhas expectativas com o filme "Podres de Ricos" eram bem altas. Não apenas porque eu sou uma antiga e fervorosa fã da Constance Wu (maravilhosa!), mas porque eu queria muito ver um filme onde a representatividade asiática seria celebrada. 
Não é raro que vejamos filmes com casting asiático onde o tema é sempre em volta de lutas, ou onde o ator asiático tem um papel de nerd/traficante/lutador/burro. A representação de asiáticos sempre revolve em caricaturas e esteriótipos, que francamente, nós como público já estamos cansados de ver. Então ouvir que um filme iria abordar pessoas asiáticas como protagonistas e sem enfatizar esses velhos costumes hollywoodianos obviamente cria expectativas.


O filme, baseado em um bestseller, tem seus pontos altos na comédia, apesar de também ser forte nos seus momentos de drama. Talvez a melhor explicação para "Podres de Ricos" seja que esse é um filme que mistura O Diabo Veste Prada e Gossip Girl. O glamour da riqueza, a intriga de famílias abastadas e o velho romance entre mocinha pobre e garoto rico estão todos lá. Mas grandes discussões inerentes à cultura asiática (sim, porque vai muito além da crítica a mera cultura chinesa dos personagens protagonistas) também tem seu papel, como o grande preconceito de asiáticos com os filhos de imigrantes asiáticos que nasceram no ocidente. 
Os figurinos são de BABAR. É claro que isso é muito impulsionado pelo fato de que, assim que o filme foi anunciado, grandes marcas de roupas internacionais (como Marchesa, que assina um dos vestidos mais bonitos do filme) voaram na produção oferecendo coleções enormes. Nisso "Podres de Ricos" consegue resgatar o amor do cinema quanto ao high fashion que era destaque nos filmes da década de 2000.

(Saca o nível dos figurinos e locações do filme. É daí pra cima!)

O filme tem todos os tropes básicos de uma comédia romântica que a fazem funcionar e atender as expectativas do público: as vilãs que estão disputando o mocinho com a protagonista; a mãe rica do mocinho é uma vaca; o dinheiro parece não ter valor algum durante o filme, já que tudo, mesmo na casa de milhões, é comprado em um estalar de dedos. Há a personagem de bom coração com história de fundo, a amiga sidekick engraçada. Enfim, "Podres de Ricos" acerta. Muito, mas muito mais que erra.
Se tivesse que criticar algo, talvez, seria a reviravolta final. Talvez algo que era um problema tão grande no filme, o fato da mãe de Nick não gostar nadinha da namorada dela, seja resolvido em apenas uma única cena. Mas de fato, é uma baita cena, que nos deixa apenas agradecidos por poder ver a grande atuação de Constance Wu, que rouba literalmente o holofote para si mesma. 
É um filme que não decepciona. Um grande longa, tanto em roteiro quanto em duração, que te deixa com aquele gostinho de que é por isso que você ama o cinema.





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