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Listas | 5 Séries Onde Rola Queerbaiting

O mundo das séries vem ganhando cada dia mais força com o público brasileiro. Após a chegada da Netflix no nosso país, é muito mais comum você conhecer alguém que acompanha uma série e inicia um debate sobre a mesma seja no trabalho, na faculdade ou em saídas casuais com os amigos. A famosa frase "tem na Netflix?" quando você indica uma série ou filme já faz parte do nosso cotidiano e por um lado isso é ótimo.

Com a variedade monstruosa que temos de conteúdos hoje em dia, é muito fácil você ganhar mais conhecimento sobre algum assunto ao assistir as séries. Fizemos uma viagem aos anos 80, recheado de nostalgia com Stranger Things; Lembramos dos perigos que vem junto da tecnologia (e que podem vir um dia) com Black Mirror; Invadimos salas de cirurgia e ficamos deslumbrados com casos médicos bizarros em Grey's Anatomy e o leque de variedades só aumenta a cada dia.

O mundo das séries também tem servido bastante para ajudar as minorias. O público LGBTQ está sendo muito mais representado hoje em dia, com relacionamentos sendo tratados na naturalidade que deveriam ser na vida real, com o processo da transformação na vida de uma pessoa transexual e assim por diante. O problema é que sabendo o quão isso é importante para as pessoas, algumas séries acabam tirando proveito do interesse do público na representatividade e criam o que chamamos de "queerbaiting".

O que é queerbaiting?

O queerbaiting é uma estratégia midiática utilizada na indústria do entretenimento – seja em filmes, séries, livros, HQs, mangás ou animes – para atrair justamente o público que foge do padrão da heteronormatividade. Ele se concretiza quando há alguma espécie de tensão sexual ou romântica entre personagens do mesmo gênero, tendo o intuito de tornar a produção representativa, mas sem desagradar a parcela conservadora da audiência. Ou seja, eles criam toda uma situação, um clima, uma ilusão para segurar o público na audiência da série.

É claro que existem casos em que o público enxerga o que não existe e acaba "shippando" casais que realmente não teriam nada romântico nos planos. Porém, o queerbaiting é REAL e tem séries que utilizam da prática sem vergonha nenhuma, causando revolta nos fãs e as vezes criando um clima chato entre o elenco. Isso está cada vez mais comum, infelizmente, então é sempre bom saber quais são as séries que definitivamente fazem isso e não é nenhuma invenção da cabeça de ninguém.

Once Upon a Time



Um dos queerbaitings mais descarados dos últimos tempos foi na série Once Upon a Time. Após alguns fãs começarem a comentar sobre uma química entre as personagens Emma e Regina, as cenas com as duas ficaram mais frequentes e insinuações se tornaram comuns entre as personagens.

O problema começou quando as atrizes começaram a se afastar e evitar fotos juntas para parar o rumor, sendo que a série fazia o oposto. O queerbaiting na série criou uma rivalidade entre os fãs que apoiavam o casal SwanQueen (Emma e Regina) e os que apoiavam Captain Swan (Emma e Hook), gerando um alvoroço desnecessário. Além disso, depois de cobranças do público LGBT para a representatividade na série, os roteiristas resolveram criar um romance mal desenvolvido, com personagens que não tinham nenhuma ligação apenas para calar o público. Péssimas escolhas, perda da audiência.

Rizzoli & Isles



Rizzoli & Isles é outro caso sério que foi além de só provocar e teve até mesmo um episódio onde as "amigas" Jane e Maura fingiam ser namoradas para tirar um cara do pé de uma delas. Não demorou muito para a química das duas - tão óbvia e escancarada que até um cego conseguia enxergar - começou a chamar a atenção e gerou uma das maiores audiências entre as séries da TNT na época, com isso as risadinhas, olhares e todo o clima entre as protagonistas só aumentou e ficou por isso mesmo.

O problema aqui foi mais nos bastidores do que com o público. A atriz Angie Harmon - que interpretava Jane - começou a ficar extremamente irritada com os fãs e suas perguntas frequentes sobre o casal e chegou até mesmo a "bater boca" com uma pessoa nas redes sociais. As interações entre as atrizes pararam bruscamente e somente Sasha Alexander (Maura) levava a situação com bom humor.

Supernatural



Óbvio para uns e loucura para outros... DESTIEL. Quem assiste Supernatural já está acostumado com as caras e bocas, discussões e momentos fofos entre os personagens do mundo apocalíptico da série, porém um grande número de pessoas começou a enxergar um romance entre o protagonista Dean e o anjo Castiel. Começando aos poucos, o rumor ganhou força e chegou até mesmo a ser mencionado em um episódio onde os personagens param em "outro mundo" que coincide de ser a nossa realidade.

Por mais que muita gente não enxergue, é necessário admitir que a criação desse casal aumentou a número de fãs LGBT da série, torcendo para ver quem sabe um dia algo acontecer. Com os criadores deixando claro que sabem da existência disso e criando mais momentos entre os personagens, é difícil escapar do queerbaiting aqui. Com os atores deixando claro que não enxergam isso e que é uma coisa extremamente improvável de acontecer, ninguém entende porque as cenas continuam.

The 100



O sangue ferve quando as fãs de The 100 lembram o que foi feito com uma das melhores personagens já criadas no universo LGBT da televisão. Lexa chegou de fininho e foi ganhando o coração das fãs - principalmente das lésbicas. Com um olhar profundo e um interesse óbvio na protagonista da série, não demorou muito para o público começar a recomendar para os amigos a série afim de ver o desenvolvimento do casal Clexa.

A personagem que se tornou um dos maiores símbolos da representatividade na televisão sendo uma mulher forte, independente, uma líder e conseguindo separar a emoção da razão, Lexa tinha tudo o que todas as mulheres que são do mundo LGBT queriam ver e foi um choque quando decidiram descartar a personagem da forma mais preguiçosa possível, sem justificativas e deixando óbvio que após o sucesso do queerbaiting, com uma audiência boa, não tinha mais necessidade daquilo na série. Um balde de água fria para todos que acompanharam.

Não é preciso nem mencionar que além da qualidade da série ter caído, a audiência acompanhou com prazer, deixando o criador da série em maus lençóis. O ponto positivo foi que toda a decepção se tornou algo bom e foi criado um projeto Lexa onde são expostos programas que se aproveitam do público LGBT por audiência.

Sherlock



Nem Sherlock Holmes consegue resolver esse mistério... Afinal, existe algo a mais entre Holmes e Watson? Os fãs acreditam que sim! Na série do detetive mais popular da televisão, uma química que ia além da amizade começou a surgir entre os protagonistas britânicos. As coisas ficaram fofas demais, com climas demais e com muito fã torcendo para que a ousadia chegasse e todos fossem surpreendidos com algo concreto. Bom, ficou por aí mesmo.

A série continua com os seus leais fãs - até mesmo por demorar horrores para liberar seus episódios novos devido a agenda do elenco - mas após a esperança de um romance ter sido quase apagada com um romance de Watson, eis que ela retorna. É óbvio que os roteiristas e produtores não pretendem de fato tornar o casal real, porém é mais óbvio ainda o motivo de continuarem com as insinuações na série.

Conhece mais alguma série que adora um queerbaiting pra melhorar a audiência? Conta pra gente nos comentários.


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